Special issue da Social Sciences

Número especial da revista Social Sciences, relativo a “Policing, Security and Safety in Urban Communities”, com foco nas questões do policiamento, da (in)seguraça urbana, na prevenção criminal, e nas medidas dos poderes locais e centrais em termos de crime e segurança, com submissões abertas até 15 de junho de 2024.
Veja mais em https://www.mdpi.com/journal/socsci/special_issues/policing_in_urban_communities


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Special issue of Social Sciences, regarding “Policing, Security and Safety in Urban Communities”, focusing on issues of policing, urban (in)security, crime prevention, and measures taken by local and central authorities in terms of crime and security, with open submissions until June 15, 2024.
Find more on https://www.mdpi.com/journal/socsci/special_issues/policing_in_urban_communities

Em destaque – Investigadora do OPVC

A mestre Sofia Patrício Gomes acaba de publicar o seu primeiro artigo científico, resultante de parte da sua dissertação de Mestrado em Psicologia da Justiça sob orientação da Professora Ana Sani. O artigo intitulado “Trafficking Women for Sexual Exploitation: A Systematic Review” está publicado na revista Psych (MDPI) e está disponível em: https://www.mdpi.com/2624-8611/5/3/39


A mestre Tainah Lucena acaba de obter o prémio científico pelo trabalho desenvolvido (“Intervention on refugees for women and children victims of domestic violence in the covid-19 pandemic”) no âmbito da sua dissertação de Mestrado em Psicologia da Justiça sob orientação da Professora Ana Sani. O prémio foi atribuído pela European Society of Family Relations (ESFR) no âmbito da 11th Conference of ESFR – Family Life – Troubling Family Relations and Practices, que decorreu em Roskilde na Dinamarca. Este prémio também monetário, concedeu ainda a ambas a inclusão como membro da ESFR nos próximos dois anos. 

Special Issue da Environment and Social Psychology

Investigador do OPVC – Professor Rui Estrada (Ciência Vitae ID – A11B-EB0F-F87D) – envolvido como editor convidado de um special issue da revista Environment and Social Psychology

Veja mais em https://esp.apacsci.com/si.php/index/detail?id=95&jid=8

Abertas as candidaturas para os Mestrados de Criminologia e Psicologia da Justiça da Universidade Fernando Pessoa

CRONOGRAMA DE CANDIDATURAS AOS MESTRADOS EM:

Criminologia da Universidade Fernando Pessoa
1ª FASE:
19 de junho a 14 de julho de 2023 e comunicação de resultados: 31 de julho de 2023
Matrícula online: 1 a 18 de agosto de 2023
Início do ano letivo: 09 de outubro de 2023

2ª FASE: 21 de agosto a 15 de setembro de 2023 e comunicação de resultados: 29 de setembro de 2023
Matrícula online: 2 a 06 de outubro de 2023
Início do ano letivo: 09 de outubro de 2023

Mais sobre este Mestrado em https://www.ufp.pt/inicio/estudar-e-investigar/mestrados/criminologia/


Psicologia da Justiça (…) da Universidade Fernando Pessoa
FASE: 19 de junho a 14 de julho de 2023 e comunicação de resultados até 31 de julho de 2023
Matrícula online: 01 a 18 de agosto de 2023
Início do ano letivo: 11 de setembro de 2023

2ª FASE (apenas para cursos com vagas sobrante): 21 de agosto a 31 de agosto de 2023 e comunicação do resultados: 08 de setembro de 2023
Matrícula online: 11 e 12 de setembro de 2023
Início do ano letivo: 11 de setembro de 2023

Mais sobre este Mestrado em https://www.ufp.pt/inicio/estudar-e-investigar/mestrados/psicologia-da-justica-vitimas-de-violencia-e-de-crime/

Fotografia do Laboratório de Fotografia da Universidade Fernando Pessoa

Special Issue da Social Sciences

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“Espanhol publica um estudo a cada 37 horas. Tal produção é só a ponta do icebergue na ciência” – Partilha de artigo

Pela sua relevância, partilha-se o seguinte artigo de Tiago Ramalho (11 de Abril de 2023, 21:01):

“Espanhol publica um estudo a cada 37 horas. Tal produção é só a ponta do icebergue na ciência

Investigador espanhol já publicou mais de 50 estudos só em 2023. Mas de onde surgiram estes cientistas “hiperprolíficos”? E como é que esta produção intensiva é sinónimo de um problema na ciência?

Não é uma caricatura, apesar de poder parecer. Rafael Luque, químico espanhol de 44 anos, tem estado na dianteira da química verde (produção de fármacos com menor produção de resíduos), e prova disso é que é um dos autores mais citados no mundo nos últimos cinco anos. Para isso ajuda o factor quantitativo: só nos primeiros três meses de 2023, publicou 58 estudos – ou, convertendo, um artigo científico a cada 37 horas. É possível publicar tanto? A resposta curta é: sim. Mas há uma série de ilações a tirar deste caso, das quais a produção em massa é só a ponta do icebergue.

O investigador Rafael Luque recebeu maior atenção na última semana, por ter sido suspenso para os próximos 13 anos (e sem vencimento) pela Universidade de Córdova (Espanha), onde trabalhava a tempo inteiro. Mas os motivos não se prendem com a eficácia de publicação. A suspensão deve-se à autoria de estudos como investigador em centros que oferecem dinheiro para recrutar cientistas de renome, como a Universidade Rei Saud bin Abdulaziz (Arábia Saudita) ou a Universidade Russa da Amizade entre Povos (Rússia). Ao jornal El País, o químico espanhol rejeita que tenha recebido “qualquer cêntimo” destas instituições e realça que sem ele “a Universidade de Córdova vai baixar 300 lugares” nos rankings de investigação científica.

Os rankings, classificações e números ditam o ritmo da investigação científica – e a evolução nas carreiras dos investigadores. “Os autores hiperprolíficos emergiram nos últimos 20 anos e, provavelmente, têm-se tornado mais comuns recentemente. É uma tempestade perfeita: as agências financiadoras e as instituições procuram mais produtividade. As revistas científicas e editoras fazem mais dinheiro ao publicar mais artigos científicos – é um mercado de 30 mil milhões de dólares anuais, com uma grande margem de lucro. Muitos países e instituições sem tradição na investigação têm dificuldade em ter visibilidade na arena científica. O valor de ser autor tem-se degradado – cada vez mais autores são adicionados a cada estudo. E a combinação destes factores cria uma tempestade perfeita”, descreve John Ioannidis, investigador em epidemiologia e estatística da Universidade de Stanford (Estados Unidos), em resposta ao PÚBLICO.

É muito provável que o rigor e o valor da ciência sofram durante este processo [de pressão para publicar]

John Ioannidis

Em 2018, John Ioannidis liderou um trabalho publicado na revista Nature em que colocava números nos cientistas superprodutivos (ou hiperprolíficos, como os apelida). Mais de 9000 cientistas, numa das maiores bases de dados de investigação do mundo, publicaram pelo menos 72 estudos num ano. A contabilidade foi feita entre 2000 e 2016 e não procurou identificar erros ou irregularidades nas publicações. Pelo contrário, quis fazer-se um retrato desta produtividade. A grande maioria destes autores (88%) publica no campo da física, no qual se inserem os estudos do Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN), por exemplo, onde em cada investigação são listadas as dezenas ou centenas de cientistas que pertencem a determinada equipa.

Mais: o número de cientistas que publica mais de 72 estudos por ano tem vindo a aumentar desde o início do século. “Ser produtivo não é um pecado e quem trabalha mais pode, justificadamente, publicar mais do que os outros”, argumenta John Ioannidis. “Infelizmente, muitos sistemas que definem como é feito o financiamento, como alguém é promovido ou como um investigador é contratado para as universidades usam critérios muito superficiais. Por exemplo, contam apenas o número de publicações ou somam o impacto das revistas científicas em que aparecem. Isto significa que muitos cientistas são incentivados, literalmente pressionados (se não intimidados), a tentar burlar o sistema – simplesmente publicando mais e mais artigos.”

Marco Seeber tem investigado esta pressão para publicar mais e mais artigos e a própria organização do sistema científico. O investigador da Universidade de Agder (Noruega) coloca o ponto de partida nos anos 1990, quando as citações de cada artigo científico passaram a definir o sucesso académico de um investigador: “Nesse período, tivemos novas políticas de gestão pública, que queriam ter uma utilização mais eficiente dos recursos, e então começou-se a alocar dinheiro para as universidades, também com base em indicadores de produtividade. Isso reflectiu-se ao nível individual de cada professor e, portanto, tende a ser ainda mais institucionalizado como uma forma de medir o desempenho de cada um.”

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O espanhol Rafael Luque, nos primeiros três meses de 2023, publicou um artigo científico a cada 37 horas UNIVERSIDADE DE CÓRDOVA

Rankings e modelo de negócio aumentam pressão para publicar

É possível publicar tantos artigos científicos em tão pouco tempo? “Obviamente é impossível”, nota John Ioannidis. O investigador da Universidade de Stanford aponta que há vários cientistas creditados como autores sem participar directamente no trabalho, existindo também a hipótese de serem contabilizados editoriais ou notas (mais curtas e pouco aprofundadas) como artigos científicos.

“No caso do Rafael Luque, parecem ser artigos completos, portanto, parece ser algo extremo. Ainda assim, ele não está sozinho enquanto hiperprolífico, há muitos autores na ciência que publicam tanto ou mais do que ele”, garante o investigador da Universidade de Stanford, sublinhando que é mais plausível que os critérios de autoria típicos (de participação directa no trabalho) “não tenham sido cumpridos”.

Há uma expressão cada vez mais em voga no mundo científico anglo-saxónico: publish or perish. Numa tradução literal significa “publicar ou perecer” – ou seja, ou se publica ou o nome desaparece do espaço científico. Não é algo novo. A aparição desta expressão data, pelo menos, de 1942, num livro de Logan Wilson sobre o que é e o que faz um académico (e com várias referências à necessidade de produzir e ao estatuto e hierarquia das instituições académicas).

“Há muito tempo que a academia é baseada na meritocracia e a produtividade é importante aqui. Por isso, existe um bom princípio da meritocracia e da produção de conhecimento como um requisito para avançar. E já existe há muito tempo”, diz Marco Seeber, antes de avançar com algumas das alavancas para o aumento desta pressão para publicar: o modelo de negócio das revistas e os rankings.

Muitas dessas pessoas que são hiper-produtivas, quando lemos onde publicam, como publicam, é muitas vezes em revistas de acesso aberto e em revistas de editoras que são muito, muito questionadas na comunidade científica e que podem ser predatórias

Marco Seeber

“Há uma pressão tremenda para publicar, os cientistas precisam de publicar e há um modelo de negócio que diz: ‘Vem cá, paga e publica’. E assim a publicação [de estudos] explode”, resume. “Em relação a muitas dessas pessoas que são hiperprodutivas, quando lemos onde publicam e como publicam, muitas vezes fazem-no em revistas de acesso aberto e em revistas de editoras que são muito, muito questionadas na comunidade científica e que podem ser predatórias”, acrescenta.

O modelo de negócio das revistas é uma das discussões mais comuns sobre o sistema científico existente. Algumas das mais relevantes recebem dinheiro para se submeter um artigo e são de acesso exclusivo a assinantes – geralmente, as universidades pagam para que todos os seus investigadores tenham acesso aos artigos ali publicados. Mas a emergência de algumas revistas de acesso aberto, que pretendiam democratizar o conhecimento, trouxe também as chamadas “revistas predatórias”. Nestas revistas, os cientistas também pagam para submeter os seus estudos, mas o processo de publicação é mais rápido – no entanto, o processo de revisão dos estudos por outros cientistas da área é pobre ou inexistente. E, na ciência, esta avaliação pelos pares é uma das pedras basilares da confiança nos estudos publicados.

“No caso específico do [Rafael] Luque, há outro aspecto: o aparecimento dos rankings”, acrescenta Marco Seeber. “Há um panorama competitivo, há políticas que promovem a produtividade, há rankings a emergir que classificam as universidades com base nas publicações científicas. E estas classificações são extremamente idiotas. Não fazem nenhuma distinção entre quantos co-autores têm, se é uma universidade grande ou pequena, se está a publicar nas principais revistas da área. Não, eles juntam tudo. Portanto, é relativamente fácil enganar ou burlar o sistema”, defende.

O investigador da Universidade de Agder recorda a lei de Goodhart, de 1975: “Quando introduzimos um indicador, o que muitas vezes acontece é que essa medida substitui o objectivo – e torna-se o objectivo. E, portanto, já não interessa se se está a fazer um bom trabalho. O esforço é direccionado para atingir aquele indicador de performance.”

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O investigador Marco Seeber nota que as métricas de produtividade tornaram-se o objectivo final na ciência DR

Solução não está ao virar da esquina

“É muito provável que o rigor e o valor da ciência sofram durante este processo [de pressão para publicar]. Os sistemas de revisão por pares têm limitações e há muitos artigos abaixo do ideal ou claramente falsos e inúteis que são publicados”, atenta John Ioannidis. O investigador refere, no entanto, que não devemos “demonizar” a produtividade. “Não queremos que as pessoas parem de trabalhar, parem de escrever artigos científicos ou que deixem de querer ter impacto. Mas temos de equilibrar a produtividade e as citações com uma avaliação mais rigorosa de outros valores como a transparência, métodos rigorosos, a validade e, em última análise, a sua utilidade”, defende.

Há desafios aos modelos de negócio, pressão para publicar e ainda a dispersão da autoria, que nem sempre corresponderá a uma verdadeira participação nos trabalhos, como referem John Ioannidis e Marco Seeber. A isto somam-se as chamadas “fábricas de estudos” – empresas pagas para fabricar estudos científicos – e o enviesamento das próprias revistas científicas na publicação de resultados positivos e com novidades (que trarão mais citações do que um resultado negativo ou a confirmação de outros estudos já publicados).

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John Ioannidis é um dos autores de um estudo que identifica mais de 9000 cientistas que publicam um artigo científico por semana UNIVERSIDADE DE STANFORD

Soluções? “Não existem truques de magia. É um debate, mas vejo algumas coisas a mudar”, garante Marco Seeber, que aponta para a exclusão de alguns indicadores de desempenho científico (como citações e publicações) na China ou a uma recente tendência para a divulgação transparente dos comentários de quem revê os artigos científicos publicados em determinada revista – o que permite distinguir das revistas predatórias que não têm revisão.

“Normalmente, a avaliação da produtividade era feita pelos próprios cientistas. E ainda é assim hoje. Podemos questionar por que razão as pessoas que publicam 100 artigos num ano não são prémios Nobel, nem trabalham todos nas universidades de Oxford e Cambridge? Porque em última análise a avaliação ainda é feita pelos professores que conhecem a área e sabem se o que aquele cientista faz é de qualidade”, afirma Marco Seeber, adiantando que nestas contratações e avaliações também está uma fatia importante da capacidade de mudar o peso que é dado à publicação em massa de estudos científicos.”

Fonte: https://www.publico.pt/2023/04/11/ciencia/noticia/espanhol-publica-estudo-37-horas-tal-producao-so-ponta-icebergue-ciencia-2045681

OPVC – O merecido reconhecimento pela UFP

No passado dia 13 de junho de 2022, a equipa do OPVC teve a honra de receber o certificado de reconhecimento do empenho e dedicação deste grupo de investigadores para com a Universidade Fernando Pessoa, num registo de permanente demonstração do seu contributo para a boa investigação científica que se produz na instituição.

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OPVC – na TV…

Violência e Crime – a observação há mais de uma década

Veja AQUI

Mestrado em Criminologia à distância – Universidade Fernando Pessoa

Abertas as candidaturas para o Mestrado em Criminologia da Universidade Fernando Pessoa, na sua modalidade à distância.

Veja mais em

https://www.ufp.pt/inicio/estudar-e-investigar/mestrados/criminologia-ead/

A Criminologia na UFP

Mais uma iniciativa dos estudantes de Criminologia da Universidade Fernando Pessoa (UFP)

VIII Jornadas de Criminologia a 9 e 10 de outubro de 2018, na UFP

VEJA MAIS AQUI

Núcleo de Criminologia - Universidade Fernando Pessoa

Núcleo de Criminologia – Universidade Fernando Pessoa